17. Fenômenos de efeitos físicos                                                                                                                 

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Introdução ao estudo das obras de Ramatís: Estudo da mediunidade 

No entanto, caso se trate de criatura desregrada, os espíritos inferiores e malévolos podem assenhorar-se 
dessa energia
 acionável pela vontade desencarnada, causando perturbações nos trabalhos de efeitos 
físicos, ou mesmo fora do ambiente mediúnico. 

 

Nos trabalhos mediúnicos de fenômenos físicos, principalmente durante as materializações de espíritos, 
alguma ofensa ou agressão sofrida pelo duplo etérico do médium, depois passa a afetar-lhe o corpo físico.  
 
Se alguém toca o espírito materializado, o médium, à distância, estremece e sofre esse contato porque, 
realmente, é o seu duplo etérico que reveste o fenômeno da materialização. 

 

Por essa razão, em trabalhos mediúnicos de boa assistência espiritual, as entidades materializadas 
advertem para os presentes não lhes apertarem as mãos com demasiada violência e vigor, pois o médium, 
quando em transe cataléptico, é um hipersensível vulnerável a qualquer pressão que lhe for feita no duplo 
etérico projetado à distância.  
 
Os espíritos desencarnados só possuem o perispírito que, fora do seu plano próprio, fica incapacitado de 
adensar-se até fazer-se visível aos “vivos”. 
 
Assim, é o médium quem fornece o “material” ou a substância ectoplásmica necessária para os 
desencarnados se tornarem perceptíveis ao tato e à vista carnal. Isso só é possível porque ele consente 
que lhe usem o duplo etérico durante a produção de fenômenos de materializações. 
 
Mas se alguém atinge o espírito materializado, o médium também acusa a ofensa, porque é ferido no seu 
duplo etérico exteriorizado, impregnado dos seus fluidos nervosos. 
 
Em certos casos, ao retornar ao estado de vigília no plano físico, o médium chega a exibir na sua epiderme 
nódoas ou manchas algo parecidas ao sangue pisado, correspondendo no corpo físico à zona ou região 
exata ofendida etericamente.  
 

 
Beliscando-se ou ferindo-se o médium durante o transe cataléptico, em que cede o seu duplo 
etérico ao espírito materializado, ele também acusa a ofensa com forte choque vibratório
 que 
lhe atinge a própria consciência, como se fosse um acontecimento em vigília. 
 

 

Há, entretanto, casos do médium de efeitos físicos não entrar em transe cataléptico e mesmo assim 
fornecer ectoplasma para materializações ou voz direta. Trata-se, sem dúvida, de um tipo de médium 
tarimbado por longa experiência mediúnica em vidas anteriores, ou porque antes efetuou cursos especiais 
no Espaço a fim de dominar o fenômeno ativamente, depois de encarnado. 
 
Nesse caso, em vez dos espíritos deslocarem o duplo etérico do médium para elaborarem a quantidade e o 
tipo de ectoplasma que necessitam para determinado gênero de trabalho mediúnico, esse médium já o 
fornece na dosagem exigida e pronto para o uso imediato. 
 
Deste modo, ele pode palestrar com as entidades que operam ao seu redor e atender às solicitações dos 
presentes, sem revelar qualquer anomalia ou sem que cesse o fenômeno de materialização ou voz direta. 

 

Aliás, certas vezes, quando os espíritos dispõem de ectoplasma suficiente e já dosado na fórmula química 
prevista, eles costumam despertar o médium do transe cataléptico e também conversam com ele, dando-lhe 
instruções ou fazendo advertências sobre sua conduta moral. 
 

 
5.1. MATERIALIZAÇÕES PARCIAIS DE ESPÍRITOS

 

 

Em virtude da indocilidade do éter físico, que é difícil de ser submetido completamente ao domínio dos 
desencarnados, estes se vêem por vezes obrigados a aparecer aos encarnados de modo grotesco; ora 
recortando nitidamente a sua cabeça, mas deformando o restante de sua figura perispiritual; ora 
incorporando as mãos, mas sacrificando a delicadeza da fisionomia.