17. Fenômenos de efeitos físicos                                                                                                                 

19 

                                                                                                                                                                         

.

 

Introdução ao estudo das obras de Ramatís: Estudo da mediunidade 

5.2. OS FENÔMENOS DE ASSOMBRAÇÕES 

 
Conforme visto anteriormente, a produção dos fenômenos de efeitos físicos só é possível se existir no 
ambiente o elemento energético denominado ectoplasma, geralmente oriundo de um médium que possua a 
faculdade de exsudá-lo. Em tais condições, é possível a uma equipe de desencarnados tecnicamente 
habilitados, coordenarem uma sessão de efeitos físicos, para se obter bom êxito nas suas manifestações. 
Porém, há casos em que o fenômeno se manifesta de modo imprevisto, em qualquer local ou ambiente, 
fazendo-se ouvir risos, vozes, gemidos, deslocamentos de objetos, portas ou janelas que se abrem ou 
fecham, entre outros fenômenos estranhos. Esses casos são os apontados genericamente como 
“assombrações”. Quando acontece à revelia de qualquer disciplina ou controle, é porque, no lugar onde 
ocorrem, estão presentes pessoas que, mesmo sem saberem, são médiuns que exsudam ectoplasma. É, 
então, comum alguns indivíduos mais ansiosos irem ao local de sua ocorrência e esses fenômenos não se 
repetirem, justamente porque os “curiosos” que foram certificar o caso não possuem essa faculdade. 
 

 
Os trabalhos mediúnicos de efeitos físicos, sob o comando de equipes de espíritos que 
operam no Além, muito mais que satisfazerem a curiosidade dos que os organizam, 
obedecem sempre a um objetivo sensato e a desígnios úteis de esclarecimento espiritual. 
 

 

Porém, quando esses acontecimentos se produzem de modo imprevisto, são manifestações acidentais, 
resultantes da presença de pessoas que possuem a faculdade de exsudar ectoplasma. A espontaneidade 
do fenômeno, nesses casos, chega algumas vezes a assustar os próprios espíritos desencarnados, ao 
perceberem que ocorrem essas manifestações físicas à sua simples chegada. 

 

O tônus vital que os espíritos obsessores a e malfazejos vampirizam dos encarnados à altura do cerebelo, 
também é dosado com ectoplasma, que lhes serve de ponto de apoio para atuar com êxito sobre o corpo 
humano. Tônus vital é o “prâna” ou fluido vital que se exsuda pelo duplo etérico no processo de absorção e 
exalação, nutrindo as formas físicas e embebendo o perispírito durante a encarnação. Esse tônus vital é tão 
sutil ou grosseiro, tênue ou espesso, radioativo ou obscuro, nutritivo ou débil, conforme seja o 
temperamento e a graduação espiritual do ser humano. É o prâna, o sopro vital, a respiração da própria 
vida, a energia que dá a tonalidade de resistência, atividade e reações dos seres vivos, o potencial 
vivificante nos encarnados, mas que deixa residual, assim como sobejam as cinzas após a ignição. 
 
Durante a desencarnação, o tônus vital acumula-se à altura dos chacras ou centros de forças do duplo 
etérico, como substância densa, mas ainda tocada de vida. Quando o espírito desencarna, primeiramente 
rompe-se o cordão que liga o perispírito ao duplo etérico, resultando na bipartição da corrente vital que flui 
normalmente para o organismo físico. Então, o tônus vital reflui em parte para o perispírito, enquanto a outra 
converge para o cadáver e depois se desintegra no túmulo, ou então é absorvida, no processo de 
vampirização, pelos espíritos subvertidos. Certa porção do tônus vital também é absorvida pela própria 
terra, pois ele é fortemente constituído de éter físico. As pessoas que durante o dia desequilibram-se na 
sua vivência emotiva e mental, quando repousam à noite, acumulam um residual de éter-físico de baixa 
categoria
, à altura do chacra que corresponde exatamente ao tipo de energia usada na consecução dos 
vícios e paixões desordenadas: 
 

ATIVIDADE GERADORA DOS                                         

VÍCIOS E PAIXÕES DESORDENADAS 

LOCAL DE ACÚMULO DE RESÍDUO 

VITAL INFERIOR NO DUPLO ETÉRICO 

 aventura menos digna no campo da sexualidade 

 altura do chacra genésico ou kundalíneo 

 glutonice, pândega e carnivorismo (tornam o sangue 

impuro) 

 chacra esplênico, na região do baço 

 sentimentos odiosos, ciumentos e invejosos (afetam o 

funcionamento normal do coração) 

 chacra cardíaco 

 má palavra, praga, o mau uso do verbo (atacam a 

região tireoidiana e o órgão vocálico) 

 chacra laríngeo 

 energia mental degradada pelos maus pensamentos 

 chacra frontal