17. Fenômenos de efeitos físicos
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Introdução ao estudo das obras de Ramatís: Estudo da mediunidade
5.2. OS FENÔMENOS DE ASSOMBRAÇÕES
Conforme visto anteriormente, a produção dos fenômenos de efeitos físicos só é possível se existir no
ambiente o elemento energético denominado ectoplasma, geralmente oriundo de um médium que possua a
faculdade de exsudá-lo. Em tais condições, é possível a uma equipe de desencarnados tecnicamente
habilitados, coordenarem uma sessão de efeitos físicos, para se obter bom êxito nas suas manifestações.
Porém, há casos em que o fenômeno se manifesta de modo imprevisto, em qualquer local ou ambiente,
fazendo-se ouvir risos, vozes, gemidos, deslocamentos de objetos, portas ou janelas que se abrem ou
fecham, entre outros fenômenos estranhos. Esses casos são os apontados genericamente como
“assombrações”. Quando acontece à revelia de qualquer disciplina ou controle, é porque, no lugar onde
ocorrem, estão presentes pessoas que, mesmo sem saberem, são médiuns que exsudam ectoplasma. É,
então, comum alguns indivíduos mais ansiosos irem ao local de sua ocorrência e esses fenômenos não se
repetirem, justamente porque os “curiosos” que foram certificar o caso não possuem essa faculdade.
Os trabalhos mediúnicos de efeitos físicos, sob o comando de equipes de espíritos que
operam no Além, muito mais que satisfazerem a curiosidade dos que os organizam,
obedecem sempre a um objetivo sensato e a desígnios úteis de esclarecimento espiritual.
Porém, quando esses acontecimentos se produzem de modo imprevisto, são manifestações acidentais,
resultantes da presença de pessoas que possuem a faculdade de exsudar ectoplasma. A espontaneidade
do fenômeno, nesses casos, chega algumas vezes a assustar os próprios espíritos desencarnados, ao
perceberem que ocorrem essas manifestações físicas à sua simples chegada.
O tônus vital que os espíritos obsessores a e malfazejos vampirizam dos encarnados à altura do cerebelo,
também é dosado com ectoplasma, que lhes serve de ponto de apoio para atuar com êxito sobre o corpo
humano. Tônus vital é o “prâna” ou fluido vital que se exsuda pelo duplo etérico no processo de absorção e
exalação, nutrindo as formas físicas e embebendo o perispírito durante a encarnação. Esse tônus vital é tão
sutil ou grosseiro, tênue ou espesso, radioativo ou obscuro, nutritivo ou débil, conforme seja o
temperamento e a graduação espiritual do ser humano. É o prâna, o sopro vital, a respiração da própria
vida, a energia que dá a tonalidade de resistência, atividade e reações dos seres vivos, o potencial
vivificante nos encarnados, mas que deixa residual, assim como sobejam as cinzas após a ignição.
Durante a desencarnação, o tônus vital acumula-se à altura dos chacras ou centros de forças do duplo
etérico, como substância densa, mas ainda tocada de vida. Quando o espírito desencarna, primeiramente
rompe-se o cordão que liga o perispírito ao duplo etérico, resultando na bipartição da corrente vital que flui
normalmente para o organismo físico. Então, o tônus vital reflui em parte para o perispírito, enquanto a outra
converge para o cadáver e depois se desintegra no túmulo, ou então é absorvida, no processo de
vampirização, pelos espíritos subvertidos. Certa porção do tônus vital também é absorvida pela própria
terra, pois ele é fortemente constituído de éter físico. As pessoas que durante o dia desequilibram-se na
sua vivência emotiva e mental, quando repousam à noite, acumulam um residual de éter-físico de baixa
categoria, à altura do chacra que corresponde exatamente ao tipo de energia usada na consecução dos
vícios e paixões desordenadas:
ATIVIDADE GERADORA DOS
VÍCIOS E PAIXÕES DESORDENADAS
LOCAL DE ACÚMULO DE RESÍDUO
VITAL INFERIOR NO DUPLO ETÉRICO
•
aventura menos digna no campo da sexualidade
•
altura do chacra genésico ou kundalíneo
•
glutonice, pândega e carnivorismo (tornam o sangue
impuro)
•
chacra esplênico, na região do baço
•
sentimentos odiosos, ciumentos e invejosos (afetam o
funcionamento normal do coração)
•
chacra cardíaco
•
má palavra, praga, o mau uso do verbo (atacam a
região tireoidiana e o órgão vocálico)
•
chacra laríngeo
•
energia mental degradada pelos maus pensamentos
•
chacra frontal