17. Fenômenos de efeitos físicos                                                                                                                 

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Introdução ao estudo das obras de Ramatís: Estudo da mediunidade 

Mas é este último tônus vital, que se forja à altura do chacra frontal e que depois reflui para o cérebro 
durante o sono, a substância mais preferida pelos vampiros do Além porque, afora de sua natureza 
vitalizante e quaisquer propósitos inferiores, ela ainda sustenta proveitosamente o processo da obsessão. 
 
Nos lugares ermos, onde ocorreram homicídios tenebrosos e tragédias brutais, em que a vida foi cortada 
subitamente, os “cordões vitais”, que através do duplo etérico ligam o perispírito ao corpo físico, se rompem 
violentamente. Pelos seus fragmentos, ainda palpitantes, é expelido o tônus vital das vítimas, ficando 
impregnado no solo adjacente, assim como também se adere à “seiva” etérica da vegetação ao derredor. 

 

Os espasmos das vítimas, na sua luta para não morrerem, projetam igualmente forte saturação no éter 
circunvizinho, cuja toxidez mórbida só após certo tempo é desintegrada pelo seu duplo etérico, ao desligar-
se do perispírito e do corpo físico. A isso se acresce ainda o fato de que, nos lugares mais inóspitos e de 
pouco trânsito humano, o fluido telúrico, substancioso e virgem, é imune às vibrações estranhas e por isso o 
éter se torna mais acessível à captação vibratória dos fluidos emitidos pelos sentidos. 

 

Como o tônus-vital, que flui das “pontas” do cordão vital quando este é secionado, fica bastante impregnado 
de ectoplasma, isso torna os lugares onde ocorrem crimes e tragédias horripilantes num ambiente bastante 
“ectoplasmizado”. 
 

 
Nos lugares “assombrados” existe uma espécie de cortina etéreo-astral de fluido 
ectoplásmico muito densa, e esse fato possibilita aos espíritos sofredores, vingativos, 
zombeteiros ou traumatizados, do astral inferior, fazerem ouvir suas vozes e ameaças, seus 
gritos ou gemidos, causando pavor nos encarnados que acorrerem a esses ambientes. 
 

 

Tais fenômenos assustadores se manifestam de forma ainda mais perceptível aos sentidos dos encarnados 
se o indivíduo que permanecer na região “assombrada” for portador de mediunidade. Essas assombrações 
de vozes, gritos, ruídos, gemidos lúgubres ou aparições tenebrosas ocorrem em zonas ermas, lugares 
isolados, escuros, e somente à noite, porque o ectoplasma é muito sensível à luz solar, e mesmo à luz 
branca artificial
, embora com o tempo, através de graduações lentas da luz vermelha para a amarela, ele 
chegue a resistir à ação da própria luz do dia. É por isso que somente à noite esses lugares 
ectoplasmizados apresentam condições de repercutir para a matéria os movimentos, os brados, os gemidos 
e demais fenômenos produzidos pelos espíritos sofredores que vagueiam pelo local. 
 
Muitas vezes, essas aparições ferem a retina dos animais, obrigando os cavaleiros a empregar tremendos 
esforços para dominar sua cavalgadura empinada, ou fazer calar o cão aterrorizado. Devido à 
condensação do éter pela superabundância de ectoplasma exsudado daqueles que foram sacrificados 
brutalmente no local, o ambiente astral de tais lugares sensibiliza os sentidos dos encarnados, 
especialmente os que possuem mediunidade. Porém, à medida que os núcleos civilizados penetram essas 
zonas assombradas, a presença das criaturas e os seus pensamentos renovadores e sadios desempenham 
uma espécie de função profilática: pouco a pouco, vai se dissolvendo a “cortina ectoplásmica” saturada de 
paixões ou emoções deprimentes, até que o ambiente astralino fique purificado. Isso explica a razão por 
que os crimes cometidos no ambiente urbano, na cidade iluminada, não fazem com que o local fique 
“assombrado” ou ectoplasmizado, justamente devido às centenas ou milhares de criaturas que por ali 
transitam, as quais, pelos seus pensamentos mais equilibrados, dissolvem rapidamente os fluidos tóxicos 
que foram deflagrados no lugar. 
 

 

5.3 OS FENÔMENOS DE APARIÇÕES

 

 

Os santos, que costumam aparecer aos campônios simples ou às crianças (como nos casos de Fátima, 
Aparecida do Norte ou Lourdes), não passam de espíritos de intensa luminosidade e beleza angélica, 
confundidos com “Nossa Senhora” ou “Senhor Bom Jesus”.  Nesses casos, o ectoplasma exsudado pelas 
crianças e pelas pessoas humildes, simples e boas, combina-se com a mesma substância existente no 
duplo etérico da própria Terra, que é rudimentar, mas sobrecarregado de magnetismo virgem, e que 
assim se presta magnificamente para emoldurar a projeção de espíritos formosos, dando margem à crença 
nas aparições de santos e santas, tradicionalmente cultuados pela Igreja Católica.  Esses fenômenos de 
aparições sublimes são ainda mais freqüentes nas proximidades de regatos, de bosques encantadores e de 
zonas desimpedidas dos maus fluidos, como as grutas deliciosas ou as pradarias verdejantes.