17. Fenômenos de efeitos físicos
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Introdução ao estudo das obras de Ramatís: Estudo da mediunidade
Então, os espíritos que desejam falar para o mundo material passam a exercitar-se com essa máscara, e o
seu mais breve ou demorado êxito fica dependendo do treino e da habilidade com que a utilizam para
vibrar, e assim transmitirem suas palavras aos terrícolas. Devido à presença do ectoplasma humano, que
reduz bastante a freqüência vibratória desse apetrecho de fonação, o seu bom resultado entre os planos
físico e etéreo-astral exige muito esforço dos desencarnados.
Por isso, do grupo de trabalho espiritual também faz parte um coordenador, cuja tarefa principal é a de
ensinar os espíritos comunicantes a “falarem” para a assistência, ensinando-os a manejarem as cordas
vocais dos médiuns pela condensação de ectoplasma, ou então a moverem a máscara com o aparelho de
fonação estruturado na substância etéreo-astral.
Outros cooperadores orientam os comunicantes para se ajustarem, em tempo certo, ao círculo de
operações atingível pelo ectoplasma do médium; ou então movem as “trombetas”, ligam o tubo astral de
ampliação das vozes e fabricam as “varetas” para levitação de objetos, produção de ruídos ou pancadas
nos móveis.
Nem todos os espíritos se submetem aos treinos exaustivos com a máscara ectoplásmica, alegando alguns
que nem sempre são compensados pelos esforços heróicos que efetuam para conversar com seus
parentes e amigos encarnados.
Em alguns casos, o espírito comunicante pode se utilizar diretamente da laringe do médium em transe,
fazendo-a vibrar sob a sua vontade, e dando lhe a entonação desejada, cujos sons articulados nas suas
cordas vocais são ampliados pela trombeta ou megafone que flutua no ar, através de um tubo de substância
astral ligado diretamente aos órgãos vocais do médium.
Os espíritos comunicantes operantes controlam o médium, condicionam-lhe a voz para a trombeta,
ajustando-a no diapasão ou tom de voz que o comunicante possuía quando estava encarnado.
O som, produzido pela laringe do médium e sob o controle do espírito comunicante, não resulta de
repercussão do ar sobre as suas cordas vocais, pois essa operação é executada no plano oculto
exclusivamente no éter, após o que é ampliada pelo megafone e ouvida pelos encarnados.
O fenômeno processa-se primeiramente na laringe etéreo-astral do perispírito do médium, repercutindo logo
em seguida no mundo físico, através do ectoplasma catalisado pelas ondas sonoras da palavra falada,
da música ou do cântico dos presentes.
Os espíritos conseguem dar a entonação da voz que possuíam quando encarnados, embora isso pareça
impossível, pois apesar de falarem diretamente pela laringe do médium, eles fazem exatamente aquilo que
os exímios ventríloquos conseguem realizar no mundo material, quando imitam a voz humana dos outros e
até o canto das aves.
Quando há ensejo de bom ectoplasma, eles optam pela confecção da laringe ectoplásmica, da máscara
etéreo-astral, ou mesmo agem diretamente no interior dos megafones sem luminosidade, passando a
produzir as palavras em conexão com as ondas sonoras emitidas, tal como se operassem pela garganta do
médium.
Nos trabalhos de voz direta, os técnicos desencarnados podem moldar a máscara com o
aparelho completo de fonação, estruturando-a na substância etéreo-astral conjugada ao
ectoplasma do médium, ou então plasmar a laringe no centro do megafone, fazendo vibrar as
cordas vocais artificiais e controlando o tom da voz até conseguir as características tonais
que possuíam quando encarnados.
Os desencarnados que desejam comunicar-se, então acionam no Astral essa máscara etéreo-astral,
encaixando sua língua perispiritual no interior do molde ectoplásmico ou língua artificial, que é oca e
flexível. Quando já dominam completamente o fenômeno de movê-la com facilidade no seio da máscara
ajustada ao rosto, e conseguem o êxito de vibrar no éter as palavras fortemente mentalizadas, então os
técnicos intervêm, e os sons etéricos repercutem no ambiente, fazendo-os serem ouvidos entre os
encarnados.