18. Fenômenos de efeitos intelectuais
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Introdução ao estudo das obras de Ramatís: Estudo da mediunidade
2.1 PSICOGRAFIA MECÂNICA
O espírito comunicante só pode transmitir com fidelidade as suas próprias expressões, empregando o estilo
que lhe é próprio, se tiver à sua disposição um médium mecânico ou sonambúlico. Em geral, o espírito
comunicante senta-se junto ao médium, enlaça-o com o braço esquerdo, e irradia-lhe a luz mental oriunda
de sua epífise perispiritual, visando o plexo braquial do médium, pois quanto mais ele puder agir
livremente por esse centro nervoso, mais lúcida e nítida também será a sua mensagem espiritual
psicografada.
Na psicografia mecânica, os espíritos comunicantes acionam o braço do médium, à altura do
seu plexo braquial, e trabalham movendo-o como se ele fosse uma espécie de “caneta viva”,
podendo então, escrever sem utilizar como veículo o cérebro do médium.
Na psicografia mecânica, portanto, o espírito desencarnado atua diretamente nos centros de forças
etéricas (chacras), à altura do plexo braquial do médium mecânico; forma nessa região uma espécie de
“cérebro provisório” e passa a comandar esse grupo de gânglios, que se tornam um centro coordenador do
braço do médium. Com esse improvisado centro de comando ganglionar, através do qual passa a dirigir os
nervos motores do braço do médium, o espírito comunicante pode então transmitir suas palavras tão
exatamente como se estivesse em corpo físico, fluindo os seus pensamentos diretamente para o papel,
como se fossem transmitidos com o emprego de uma caneta viva e dócil ao seu manejo.
A psicografia mecânica, antigamente conhecida como “escrita automática”, é, portanto, caracterizada pela
inconsciência absoluta, por parte do médium, do que sua mão escreve. Como o espírito do sensitivo
também fica afastado do corpo físico, juntamente com o seu perispírito, ele então fica impedido de tomar
conhecimento simultâneo da comunicação, em vista desta não passar pelo seu cérebro espiritual. Desse
modo, o desencarnado pode escrever com toda naturalidade, usando o seu arquivo pessoal de vocábulos
familiares neste caso, apondo à escrita a sua própria assinatura, como a traçava no mundo material.
O espírito desencarnado comunicante atua diretamente sobre os plexos nervosos que controlam os
movimentos da mão e braço do médium; assim, os movimentos destes independem da vontade do
escrevente. Um médium completamente sonambúlico pode até mesmo receber mensagens psicografadas
ainda que seja inteiramente analfabeto, o que é muito raro de acontecer.