18. Fenômenos de efeitos intelectuais
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Introdução ao estudo das obras de Ramatís: Estudo da mediunidade
2.2 PSICOGRAFIA SEMIMECÂNICA
Durante a psicografia semimecânica, também conhecida por escrita semi-automática, psicografia semi-
intuitiva, ou ainda semi-mecânica intuitiva, o médium vai tendo consciência do que escreve à medida
que as palavras vão sendo por ele grafadas. Quando se trata de sensitivo “semi-mecânico”, portanto, é
bem reduzida a porcentagem daquilo que os espíritos comunicantes podem transmitir no seu modo peculiar
de se expressar, predominando então nas mensagens o estilo do próprio medianeiro.
O médium semi-mecânico, entretanto, além de conseguir transferir para o papel a intensa qualidade do
cabedal espiritual do desencarnado comunicante, ainda interpreta com clareza o seu pensamento e, a
seu modo, escreve o que o espírito desejaria que ele escrevesse, velozmente, sem vacilações, embora
muitíssimo preocupado com a fixação das idéias que lhe são transcritas e que lhe fluem em abundância.
Em virtude dos desencarnados poderem acelerar as suas vibrações, pois estão fora de um corpo físico,
suas idéias ultrapassam rapidamente a possibilidade de serem totalmente abrangidas pelo médium e
fixadas no papel em tempo satisfatório. Então, para poder captar-lhes as idéias imediatamente, e que são
produzidas em escala vivíssima para os seus sentidos físicos, a despeito da baixíssima vibração que os
desencarnados conseguem graduar no astral, o médium passa a escrever de modo aflitivo e absorto
completamente naquilo que faz, utilizando-se de todos os recursos de sua técnica e capacidade redacional,
de modo a não desperdiçar o fluxo inspirativo que lhe é transmitido.
Nesse ponto, os médiuns de psicografia semiconsciente intuitiva que dominarem a taquigrafia ou a
estenografia obterão mais sucesso, pois empregarão um processo mais rápido para apanhar os
pensamentos dos desencarnados, logrando mais êxito e maior apreensão do assunto.
Na psicografia intuitiva semi-mecânica, o espírito desencarnado sintoniza-se de tal modo com
o médium, numa perfeita seqüência telepática, que os seus escritos resultam como produtos
de uma só vontade disciplinada, através de idéias e vocábulos afins.
O médium semi-mecânico executa apenas parte do trabalho mediúnico por sua conta, por ocasião de
configurar as idéias do espírito comunicante através da vestimenta dos vocábulos e expressões que lhe são
conhecidos na vida terrena. No entanto, assim que ele fica absorto nessa operação e entretido no trabalho,
mesmo consciente, o espírito pode situar outra grande parte da comunicação diretamente no seu campo
dinâmico mental, e com isso fazê-lo trabalhar sob certo automatismo, dirigido pelo desencarnado.
Posteriormente, o médium descobre essa ação dupla, dele e do espírito, ao verificar que certas frases,
orações e soluções filosóficas ou descritivas, que registrou nos seus escritos, não as registraria se isso
dependesse de sua exclusiva competência em condições normais.