18. Fenômenos de efeitos intelectuais                                                                                                        

                                                                                                                                                                         _ 

 

Introdução ao estudo das obras de Ramatís: Estudo da mediunidade 

 

 
Muitas vezes o êxito das comunicações mediúnicas pela via intuitiva depende de prévio preparo do 
médium durante o sono
, quando, à distância do seu corpo físico, pode ser submetido a certo tratamento 
técnico pelos magnetizadores no Astral, que assim acentuam-lhe a sua receptividade mediúnica e a 
dinâmica psicográfica. Em noites tranqüilas, o médium desdobrado é levado para junto das principais cenas, 
e é doutrinado sobre os assuntos que, no dia seguinte, ele deverá psicografar por intermédio dos 
desencarnados; essas providências muito ajudam a avivar-lhe o conteúdo das comunicações posteriores, e 
que ele recebe durante a sua saída em corpo astral. Aliás, essas dificuldades estão previstas por todos os 
espíritos conscientes de suas tarefas junto aos encarnados no serviço de esclarecimento fraterno, e que 
precisam servir-se de médiuns intuitivos ou semi-mecânicos, cuja vontade eles não pretendem violentar. 
 
Embora existam múltiplas faculdades mediúnicas, que se agrupam sob a denominação de intuitivas, 
mecânicas, sonambúlicas, incorporativas, videntes, de fenômenos físicos ou terapêuticos, em que umas são 
mais nítidas e favoráveis, outras mais intelectivas e objetivas, o certo é que mesmo assim os 
desencarnados não “falam” nem “escrevem” por intermédio de simples autômatos de carne! 
 

 
Os médiuns são organizações vivas e senhores de sua memória, estruturada nos milênios 
findos, cujas concepções particulares variam tanto sobre o plano físico quanto a respeito do 
mundo invisível. 
 

 

Em suas almas sempre se impõe um certo atavismo intelectual, habilito filosófico ou cristalização 
psicológica do passado que, embora os distinga particularmente entre os demais seres, é bagagem que os 
obriga a encarar os assuntos “novos” sob os “velhos” modelos que lhes têm sido tão familiares. Esse 
condicionamento pregresso dos médiuns transforma-se então em forte barreira, difícil de ser removida 
pelos espíritos comunicantes. Só os espíritos persistentes e estóicos, após cuidadoso trabalho de 
adaptação, por longo tempo junto aos seus medianeiros, é que realmente logram o sucesso desejado. 
 

 
No caso da psicografia intuitiva, o médium materializa os pensamentos do espírito 
comunicante por meios dos sinais gráficos da escrita à medida que é inspirado
, e procura 
relacioná-los com as imagens e conhecimentos já armazenados em seu subconsciente 
durante as vezes em que se manteve fora do corpo físico. 
 

 
Aquilo que lhe é ditado mentalmente, ele escreve como se viesse buscar o assunto no limiar dos dois 
mundos, para depois lhes dar o retoque e o ajuste necessários à compreensão na linguagem humana. Eis o 
motivo por que a maioria dos médiuns não consegue fazer uma descrição exata do plano espiritual, de 
conformidade com o que lhes é ditado pelos espíritos desencarnados.