18. Fenômenos de efeitos intelectuais
12
_
Introdução ao estudo das obras de Ramatís: Estudo da mediunidade
Não é raro verem-se médiuns iletrados e de inteligência vulgar expressarem-se, em tais momentos, com
verdadeira eloqüência, e tratar com incontestável superioridade questões sobre as quais seriam incapazes
de emitir sequer uma opinião, em estado ordinário.
Conforme a mecânica do processo mediúnico, os médiuns falantes, de psicofonia, ou ainda de
incorporação, apresentam uma das seguintes variedades: psicofonia ou incorporação inconsciente ou
sonambúlica, psicofonia ou incorporação semiconsciente e psicofonia ou incorporação intuitiva ou
consciente.
3.1 PSICOFONIA OU INCORPORAÇÃO SONAMBÚLICA OU INCONSCIENTE
Logo que o perispírito do médium sonambúlico se afasta do seu corpo físico, durante o transe mediúnico ou
cataléptico, permanecendo ligado ao corpo apenas pelos cordões fluídicos mais importantes, o espírito
desencarnado comunicante pode agir como se estivesse em seu corpo terreno, ou atua como num caso de
hipnose, servindo-se do cérebro do médium para compor os seus ditados.
Como o espírito do sensitivo também fica afastado do corpo físico juntamente com o seu
perispírito, ele então fica impedido de tomar conhecimento simultâneo da comunicação, em
vista de não passar pelo seu cérebro espiritual.
Desse modo, o desencarnado pode falar (psicofonia inconsciente sonambúlica) e/ou escrever (psicografia
mecânica) com toda naturalidade, usando o seu arquivo pessoal de vocábulos familiares como os
empregava quando no mundo material.
Na mediunidade sonambúlica, mecânica ou inconsciente, a própria entidade comumente se distingue de
outras, técnica e psicologicamente, nos seus relatos, devido ao fato de operar por um medianeiro em
completo estado de passividade que, portanto, não lhe opõe obstáculos quanto à sua real identificação.