20. Mediunidade de cura e terapêutica dos passes                                                                          

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Introdução ao estudo das obras de Ramatís: Estudo da mediunidade 

Malgrado a boa vontade desses médiuns no seu serviço caritativo por “via espiritual”, as suas mãos entram 
em contato cotidiano com centenas de objetos, criaturas enfermas, animais, líquidos, substâncias químicas 
agressivas, medicamentos, poeira, tóxicos, cigarros, alcoólicos, dinheiro, lenços contaminados, etc. 
Na falta de limpeza prévia, elas se transformam, à hora dos passes, em desagradável chuveiro de fluidos 
contaminados
 pelos germes e partículas nocivas a se transmitirem aos pacientes. O uso do sabão e da 
água para a limpeza do corpo físico é necessidade essencial com o fito de eliminar do passista a sujidade, o 
mau odor e os germes contagiosos que podem afetar os pacientes. 
 
Apesar de muitos espíritas afirmarem ser o mandato mediúnico tarefa puramente espiritual, julgando-se, em 
conseqüência, dispensados de quaisquer rituais, preocupações preventivas ou recursos do mundo material 
para lograrem bom êxito, hão de concordar que a higiene corporal e o asseio das vestes dos médiuns
durante suas tarefas mediúnicas terapêuticas, nada têm a haver com rituais, práticas ortodoxas ou 
quaisquer cerimônias de exaltação da fé humana. 
 
Espíritos do escol de um Francisco de Assis ou de Jesus poderiam mesmo dispensar quaisquer recursos 
profiláticos do mundo material para o perfeito êxito de sua missão junto à humanidade terrena. A luz que se 
irradiava continuamente de suas auras, impregnadas de fótons profiláticos, era suficiente para nutri-los de 
forças terapêuticas ou preservá-los das germinações virulentas. É óbvio que os médiuns não podem 
alimentar essa presunção, pois ainda são espíritos em prova sacrificial no mundo terreno, empreendendo 
sua redenção espiritual mediante intensa luta contra as suas mazelas e culpas de existências pregressas.  
Ante a falta de credenciais de alta espiritualidade, eles não devem olvidar os recursos profiláticos do 
mundo físico
, a fim de obterem o máximo sucesso na terapia mediúnica, em benefício do próximo, não 
bastando apenas suas boa intenção e a conduta ilibada. 
 
Considerando-se a necessidade de o médium dispensar sério cuidado à higiene do corpo, para o serviço de 
passes, a despeito da importância fundamental da sua faculdade magnética, pode-se afirmar, sem dúvida, 
que o médium que já possui mais treino e experiência na sua tarefa, tal como ferramenta que se aguça pelo 
próprio uso, também há de conseguir melhores resultados do que os obtidos pelos neófitos com todos os 
seus resultados profiláticos do mundo material. 
 
Embora existam pessoas que não sofrem quaisquer alterações em sua sensibilidade psíquica, quando 
submetidas aos passes de médiuns desleixados e mal asseados, também vale lembrar que os pacientes se 
tornam mais receptíveis aos fluidos terapêuticos mediúnicos quando os recebem de passistas que se 
impõem pelo melhor aspecto moral, asseio e delicadeza. Se o médium se desinteressar dos preceitos mais 
comuns de sua higiene e apresentação pessoal, certamente dará motivo a uma certa antipatia entre os seus 
consulentes.