20. Mediunidade de cura e terapêutica dos passes                                                                          

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Introdução ao estudo das obras de Ramatís: Estudo da mediunidade 

Se tal prática fosse resultante de superstição ou reminiscência de algum rito de prática de magia, então ter-
se-ia também de subestimar todos os movimentos que os médiuns executam com suas mãos durante os 
passes, feitos dentro da técnica magnetoterápica, para distribuir eqüitativamente as forças vitalizantes do 
mundo oculto sobre os plexos nervosos dos enfermos. 

 

Quando o circuito magnético é fechado, termina em polarização, isto é, reflui a energia e cessa o seu 
contato direto entre o paciente e o passista, assim como baixa o tom do magnetismo do perispírito. 
Reduzindo-se a absorvência perispiritual do enfermo, devido à polarização dos fluidos em efusão, ele deixa 
de recepcionar as forças doadas pelos passistas, que não penetram no metabolismo psicofísico, e terminam 
por dissolver-se no meio ambiente. 
 
 

2.6 PASSES RECEBIDOS DE MÉDIUM ENFERMO 

 
É tão absurdo alguém pretender dar aquilo que ainda não possui em si mesmo, seja a saúde física ou 
espiritual, quanto ensinar aquilo que desconhece. E isso ainda se torna mais grave no caso do passe 
mediúnico ou magnético, transmitido por médium que se encontra enfermo, quando então sua tarefa 
mediúnica se torna contraproducente, uma vez que ele projetará algo de suas próprias condições 
enfermiças sobre os pacientes
 que se sintonizarem passivamente à sua faixa vibratória “psicofísica”. 
 

 
Não se recomenda a ninguém que receba passes mediúnicos ou magnéticos de criaturas com 
moléstias contagiosas, de moral duvidosa ou de costumes viciosos e censuráveis. 
 

 

Se o indivíduo que transfundir os fluidos de magnetismo áurico de seu perispírito for de físico enfermiço, 
depauperado, ou que traga em sua mente, em efervescência, emoções nocivas, neste caso seus passes 
transformar-se-ão em elemento deletério. Não se deduza, entretanto, que o doador de fluidos tenha que 
ser um santo; mas sim que seu espírito esteja com “boa saúde”, pois se, por exemplo, em sua mente 
ainda estiverem em ebulição as toxinas de uma explosão de ciúme que o tomou de véspera, torna-se 
evidente que os seus fluidos não podem ser benéficos! 
 
Conforme há milênios ensina a velha filosofia oriental, “aquilo que está em cima também está em baixo”, 
equivalente a “assim é o macrocosmo, assim é o microcosmo”, ou seja, a mesma coisa ou a mesma 
verdade está no infinitamente grande e da mesma forma no infinitamente pequeno. Assim, as leis que 
regem as atividades do mundo físico são equivalentes das leis semelhantes do mundo oculto
, tal 
como no caso do equilíbrio dos líquidos nos vasos comunicantes, em que o vasilhame mais cheio flui o seu 
conteúdo para o mais vazio. Entre o médium enfermo e o paciente mais vitalizado, a lei dos vasos 
comunicantes no mundo “etéreo-astral” transforma o primeiro num vampirizador das forças magnetizadas 
que porventura sobram no segundo, ou seja, inverte-se o fenômeno
 

 
Em vez de o médium enfermo transmitir fluidos terapêuticos ou revitalizantes, ele termina 
haurindo as energias alheias, em benefício do seu próprio equilíbrio vital. 
 

 

Assim acontece quando certas pessoas sentem-se mais enfraquecidas depois de se submeterem aos 
passes mediúnicos ou magnéticos, ignorando que, em vez de absorverem os fluidos vitalizantes para 
recuperar a sua saúde, terminaram alimentando a própria fonte doadora de passes, pois esta se encontrava 
mais debilitada do que elas próprias. Deste modo, seria absolutamente contraproducente o fato de uma 
criatura submeter-se aos passes magnéticos ou fluídicos do médium tuberculoso, epilético, variolado ou 
com febre tifóide, malgrado justificar-se a mística de que “a fé remove montanhas”, pois não basta uma 
atitude emotiva de fé ou confiança incomuns para que essas leis sejam alteradas. 
 
É fora de dúvida que todos podem haurir na Fonte Divina e Criadora os fluidos curadores de que 
necessitam para o restabelecimento da saúde, mas os médiuns, justamente por serem criaturas 
hipersensíveis, ainda são os mais credenciados para absorver o “quantum” de fluidos terapêuticos de que 
precisam para transmitir aos seus pacientes.