20. Mediunidade de cura e terapêutica dos passes
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Introdução ao estudo das obras de Ramatís: Estudo da mediunidade
Entretanto, eles não devem esquecer que, embora sejam intermediários entre o mundo espiritual e o físico,
a sua função é parecida ao que acontece com a água na mistura da homeopatia, em que, quanto mais água
é adicionada à medicação infinitesimal, tanto mais se enfraquece o energismo da dosagem terapêutica.
Da mesma forma, os médiuns também poluem ou enfraquecem, pela sua estrutura “psicofísica” humana, o
energismo ou a pureza dos fluidos que lhes são transmitidos do mundo superior, e que depois doam aos
pacientes encarnados.
Os médiuns não devem fiar-se exclusivamente nos fluidos puros que lhes podem transmitir
os guias invisíveis, pois a sua própria natureza perispiritual pode poluí-los.
Assim, seria um precedente muito censurável o caso de os guias submeterem os seus médiuns a urgente
profilaxia médica e purificação fluídica à última hora, só porque se encontram enfermos e pretendem dar
passes. Na certeza de serem saneados pelos espíritos superiores, que lhes anulariam as doenças físicas,
as mazelas espirituais e as desarmonias emotivas prejudiciais ao serviço mediúnico terapêutico, então
raríssimos médiuns teriam cuidados ou preocupações com a própria higiene física ou moral para o melhor
desempenho de suas obrigações socorristas!
O médium enfermo não deve dar passes, a fim de não contagiar os seus pacientes.
Os médiuns prudentes e sensatos, embora evitem dar passes, praticar o sopro magnético ou fluidificar a
água, porque estão enfermos, podem, no entanto, transmitir o conselho espiritual benfeitor, o estímulo que
levanta o ânimo daqueles que se encontram moralmente abatidos. Embora convictos de que os seus guias
hão de ministrar-lhes fluidos balsâmicos ou curativos para eliminarem sua doença, mesmo quando só
endefluxados, os médiuns ainda deveriam moderar a transmissão de seus passes ou fluidificar a água, uma
vez que o contágio é mais fácil porque os seus pacientes também se apresentam debilitados em suas
defesas orgânicas.
2.7 O MAGNETISMO CURADOR E A TERAPÊUTICA DO PASSE MEDIÚNICO
Considerando-se que as enfermidades físicas, em geral, são provenientes da desarmonia psíquica,
intoxicação ou debilidade magnética vital do perispírito, os passes magnéticos ou fluídicos são recursos que
proporcionam verdadeiras transfusões de energia através do duplo etérico, insuflando-as pelos plexos
nervosos, ativados também o sistema glandular para proceder às devidas correções orgânicas. Em geral, já
existe uma contínua vampirização do magnetismo humano entre os próprios encarnados quando, sob a
regência da lei dos vasos comunicantes, os mais débeis sorvem as energias magnéticas dos que são mais
vigorosos, ou gozam de mais saúde.
O passe é uma transfusão de fluidos espontâneos e benéficos, sem dúvida tão eficientes e poderosos
quanto o seja o potencial emitido pela vontade do seu agente; pode mesmo ser considerado um elemento
catalisador que, agindo no paciente, acelera-lhe as forças estagnadas e desperta o campo eletrônico do
psiquismo diretor do organismo carnal.
O passista inteligente, regrado em sua vida, senhor de uma vontade forte e afeiçoado à
alimentação vegetariana, consegue insuflar vigorosas cotas magnéticas nos órgãos doentes,
elevando-lhes não só a freqüência vibratória defensiva das células, como também auxiliando
a substituição das células velhas e doentes por outras células novas e saudáveis.
Mesmo no caso da leucemia, do câncer no sangue, o passista pode insuflar o seu potencial magnético em
todo o trajeto do nervo vago-simpático, sobre as ramificações dos plexos nervosos, e comandá-lo
mentalmente para o interior da medula óssea do doente, ativando assim o processo da produção de
glóbulos vermelhos e a troca mais acelerada de novas células.