2. Deus _______________________________ _________________________ ___________________
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O católico que só admite Deus como sendo um velhinho de barbas níveas, envolvido pelas nuvens
imaculadas do céu, sentirá seu coração sangrar, se tiver que substituí-lo pela idéia esotérica e sem forma
da Força, Luz, Amor e Sabedoria! A fase de transição para o terceiro milênio, conhecida por “fim de
tempos”, também é portadora de renovações mentais que obrigarão a severa deslocação psicológica e
filosófica na concepção de Deus.
3. CONHECIMENTO DA REALIDADE DE DEUS
A criatura humana jamais conseguirá definir ou identificar racionalmente a Realidade Absoluta do Criador,
embora ela seja também uma partícula divina, pois, tal como a parte não pode definir o Todo, o criado não
tem como definir o Criador.
Assim como um neurônio do cérebro humano não está em condições de avaliar o equipo “psicofísico” do
seu dono, a criatura, que é tão somente uma partícula microcósmica do Universo, também não está
capacitada para julgar e explicar o Cosmo em todos os seus aspectos. Caso o homem pudesse fazê-lo, ele
então seria outro Deus para ser descoberto, descrito e identificado, pois só outro Deus, além ou semelhante
ao que se pretende conhecer, é que poderia lograr tal intento.
Deus, fonte original e incriada da Vida, pré-existe antes de qualquer coisa ou ser; em conseqüência,
não pode o homem explicar o que já existe muito antes e independente de sua própria existência!
Deus é a própria Eternidade, e seria demasiada vaidade e estultícia o homem pretender conhecê-Lo em tão
curto lapso da vida humana. Deus é incessante e inesgotável alegria que mais interpenetra na intimidade
da criatura quanto mais o homem avança em sua realização cósmica. Deus é o Espírito-Uno que sustenta
cada forma e energia transcendental do Universo e existe no vazio do incriado, além de quaisquer
fenômenos concebidos pelas criaturas em realização do autoconhecimento.
Considerando-se Deus simbolizado por raios que
partem geometricamente de um ponto central e se
perdem no infinito, a consciência do homem pode ser
comparada à figura de uma esfera limitada sobre o
centro desses raios.
À medida que o homem, após situar-se no seio da
matéria, vai aumentando seu grau de
conscientização, realizando em si mesmo seu
desenvolvimento espiritual, vai ampliando, sua
compreensão de Deus na mesma medida da
amplitude da limitação humana. Embora essa
consciência se amplie e se desenvolva
incessantemente em todos os sentidos, ela jamais
alcançará os raios infinitos. Dessa forma, à medida
que o ser amplia essa consciência no contato
incessante e educativo com as formas dos mundos
planetários, ele também abrange maior porção divina
e mais se apercebe de Deus. É justamente esse
desejo incessante do homem de conhecer e
sintonizar-se com o Criador que o impele e o estimula
ara sua mais breve elevação espiritual.
anadas dessa eterna, infinita
incognoscível Energia.
p
Considerando-se Deus, o Espírito Total Cósmico,
como “Chama” ou “Luz” infinita, acima e além do
tempo e do espaço, então os espíritos dos homens,
os filhos de Deus, podem ser comparados a
pequenas centelhas em
e
.
Introdução ao estudo das obras de Ramatís