2. Deus _______________________________ _________________________ ___________________  

                                                                                                                                                                            

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Introdução ao estudo das obras de Ramatís 

Jamais a criatura poderá equacionar o Universo e assimilar a natureza divina do Criador, confiando tão 
somente nos seus sentidos, mesmo que amparado pela mais perfeita técnica instrumental do mundo 
transitório e limitado da matéria. É mais fácil ao homem aperceber-se da Realidade Divina através da 
intuição, cuja sensibilidade aumenta quanto mais ele aufere e ausculta o mundo espiritual, do que através 
da inteligência, que, em realidade, é conseqüência da energia espiritual oculta que aciona a mente humana.   
 
O homem poderia encontrar satisfatória solução da Realidade Divina através da própria Ciência, 
transformada em filosofia transcendental, porém, com mais sucesso e precisão, se guiado nessa busca pelo 
sentimento intuitivo, que é seu mais íntimo vínculo com a Mente Cósmica. 
 
O destino glorioso do homem é a angelitude, e a luz que o guia queima no próprio combustível de sua 
centelha interna.  Em face da própria centelha divina existente no âmago do homem, à medida que este 
amplia a compreensão mental também dinamiza o vínculo íntimo e intuitivo que liga a criatura ao Criador, a 
saber: o seu sentimento religioso! 
 
A incessante conscientização espiritual liberta-o das fórmulas, ritos, símbolos e dogmas interpostos pelas 
religiões convencionais no seu contato íntimo com Deus, e que o isolam da pureza iniciática religiosa de 
vibrar mais próximo da freqüência divina, pois, quanto maior for a amplitude de união eletiva entre os 
homens, também mais lhes é favorecida a penetração de maior área de Deus e, conseqüentemente, maior 
absorção de vibração divina. 
 

 

Deus pode ser apercebido através das próprias leis imutáveis, sábias e criativas que agem 

corretamente em todos os níveis de vida e nas mais longínquas latitudes cósmicas. 

 
 

Através dessas leis e princípios, cuja finalidade é o equilíbrio e a ordem, e que visa sempre o 
aperfeiçoamento da criatura, é que Deus opera sobre todos os seres e as coisas; são leis impecáveis, 
sensatas e disciplinadas, que regem os fenômenos do mundo material e comprovam Sua presença oculta 
no Universo!   
 
É a Vontade que preside todos os fenômenos do Cosmo e comunica a todos o anelo de perfeição e 
ascensão, pois o Universo é perfeito em sua criação infinita e eterna, porque perfeita é a Entidade Única 
que o criou! Jamais essas leis causaram surpresas, equívocos ou alienação, cuja existência só pode ser 
creditada à má interpretação ou ignorância humana. As próprias aberrações da Natureza, que poderiam 
despertar a censura dos homens contra um Criador imperfeito, não passam de importantes pesquisas e 
ensaios na busca de maior perfeição. 
 
Há perfeita ordem e coerência em todos os fenômenos ocorridos na Natureza física de nosso planeta, os 
quais atestam o efeito inteligente, progressista e sensato, sob inflexível lógica que aperfeiçoa todas as 
formas e seres.  Tudo é harmonioso, sensato e coerente pois não há excentricidade ou qualquer aberração 
injustificável. Basta a criatura sensível e sem premeditação perscrutar a intimidade dos acontecimentos 
desagradáveis ou trágicos, considerados inúteis e onerosos, para descobrir, sob o véu do que é asqueroso 
ou daninho, a mensagem de uma inteligência oculta que atua no mundo espiritual modelando na matéria as 
futuras formas de estesia angélica.   
 
Há sempre indícios benéficos no âmago das coisas e dos seres bons ou maus, belos ou feios, sadios ou 
enfermos e que se pode evidenciar, aos poucos, à medida que se investiga e se conclui sobre os 
fenômenos da própria vida. 
 
As almas argutas podem perceber que essa ação oculta é mais sábia do que instintiva, é mais previsível do 
que simples acaso, mais ação do que passividade, disciplinando os mínimos acontecimentos sucedidos no 
Universo. 
 
 
1.4 CRENÇA EM DEUS 
 
Somente a crença em Deus não basta para a elevação do homem em Sua direção, mas sim 
desenvolvimento em si mesmo dos atributos divinos
, ou seja, a ampliação da miniatura divina que todo ser 
possui dentro de si próprio.