3. O Plano da Criação Divina                                                                                                                        

19 

                                                                                                                                                                            

.

 

Introdução ao estudo das obras de Ramatís 

 

Nesse sentido, se o Onipotente for simbolizado como sendo uma infinita esfera translúcida pejada de 
mundos e orbes que flutua disciplinadamente em seu seio, essa esfera pode ser subdividida mentalmente 
em dois hemisférios iguais, duas partes exatas.  
 
Embora Deus continue integralmente em toda a Esfera Infinita, essa simples divisão conceitual em dois 
hemisférios implica em se perceber a necessidade de dois comandos espirituais: duas novas consciências 
na figura de dois “condensadores siderais”, que devem então graduar o altíssimo potencial e a ilimitada 
energia de toda a esfera, a fim de situar as cotas correspondentes de cada hemisfério, que passam a ter 
vida à parte, nessa comparação, embora sem sair de Deus. 
 
Surgem, portanto, os dois Arcanjos Hemisféricos Siderais, que a vontade de Deus situa em termos 
conscienciais imediatamente abaixo de sua Vontade Infinita, e que atenderão a todas as necessidades da 
nova vida em agitação nesses hemisférios da hipotética Esfera Divina. Ao se continuar mentalmente 
subdividindo esses hemisférios, cada Arcanjo correspondente subdividir-se-á em outras duas consciências 
menores às quais eles também transmitirão sua vontade e poder criador, mas sempre as abrangendo, pois 
serão criações conscienciais de si mesmos. 
 
Nessa suposta ordem decrescente e redutora, a Fonte Máxima de Energia, que é Deus, desce 
vibratoriamente 
e vai compondo novas consciências cada vez menores, sem que por isso fique fora delas, 
terminando por compor as galáxias, os sistemas estelares, os orbes, os satélites, asteróides e poeiras 
siderais, onde se reconhece a respectiva graduação de subseqüentes consciências espirituais, que 
comandam, em ordem decrescente, mas sempre obedecem hierarquicamente à imediata vontade mais alta. 
 
Todas as galáxias possíveis de serem evocadas mentalmente formam o corpo de um Arcanjo Cósmico
que por sua vez coordena harmoniosamente os Arcanjos de cada galáxia; em cada uma delas, o seu 
Arcanjo Galaxial controla os respectivos sistemas solares e seus orbes, cujos Arcanjos Solares ou Logoi 
Solares disciplinam e provêm cada sistema sob a sua direção mental e espiritual, materializam e alimentam 
a substância e os orbes de seus sistemas. 
 
Cada orbe, por sua vez, possui seu Arcanjo Planetário, do qual é o corpo visível, o verdadeiro 
coordenador das necessidades dos reinos, seres e coisas ali existentes, e que constitui apenas a 
materialização exterior de sua “vontade espiritual”, ligada ao rosário infinito de outras vontades maiores, que 
se fundem na Vontade Última, que é Deus. A Terra, em particular, é a forma visível de uma vontade 
espiritual que a comanda no seu campo interior e que a criou sob o ritmo da Vontade Maior, descida do Pai, 
através dos seus prepostos que afloram cada vez mais à forma exterior, vontade essa conhecida como 
Logos ou Cristo Planetário
 
O Anjo ou “Deva Menor” é ainda capaz de atuar no mundo material, cuja possibilidade a própria Bíblia 
simboliza pelos sete degraus da escada de Jacó, mas o Arcanjo não pode mais deixar o seu mundo divino e 
efetuar qualquer ligação direta com a matéria, pois já abandonou, em definitivo, todos os veículos 
intermediários (corpos sutis de evolução) que lhe facultariam tal possibilidade. 
 
A fim de poder encarnar-se na Terra, Jesus de Nazaré, espírito angélico ainda passível de atuar nas formas 
físicas, teve de reconstituir as matrizes perispirituais usadas noutros mundos materiais extintos. Jesus de 
Nazaré, como agente da Entidade sob cuja jurisdição e dependência a Terra se encontra (o Logos 
Planetário da Terra), como mundo formado em um sistema planetário, concorreu à formação de nosso 
globo e de todos os seres que o habitam, passando a ser Governador Planetário. 
 

 

O Cristo Planetário é uma entidade arcangélica, enquanto Jesus de Nazaré, espírito 

sublime e angélico, foi seu médium mais perfeito na Terra. Cristo é um Arcanjo 

Planetário, enquanto Jesus é o Anjo governador da humanidade terrícola. 

 

 
Jesus é a mais Alta Consciência Diretora da humanidade terrena, mas não do Planeta Terra, porque ainda 
permanece diretamente em contato psicofísico com as consciências terrícolas encarnadas ou não. Ele é o 
Elo Divino e o mais lídimo representante de aspecto humano que se liga diretamente à Sublime 
Consciência do Arcanjo Planetário da Terra.