4. Involução e evolução nos Planos da Criação                                                                                         3 

                                                                                                                                                                            

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Introdução ao estudo das obras de Ramatís 

O espírito puro, nessa tradicional descida angélica até atingir a substância física, vai incorporando 
gradativamente os elementos de todos os planos que se situam no caminho. 
Em sentido contrário, as 
adaptações imaturas para o “mais alto” sempre oferecem maiores dificuldades, porque exigem um processo 
de vigorosa libertação das energias inferiores. 
 
Vezes há em que a própria vontade e a capacidade do espírito são débeis para a ascensão, enquanto que 
as adaptações para os planos inferiores são mais fáceis porque ele comanda energias também inferiores e 
se deixa plasmar pelo vigor atuante do “mais baixo”. 
 
O espírito é o “agente” que concretiza, progressivamente, todos os pensamentos contidos na Mente Divina 
e que, como centelha, evolui da inconsciência de grupos instintivos de reinos inferiores para a forma de 
consciência individual humana, quando então se dá o despertar do raciocínio, da hipnose animal para a 
ascese angélica! Essa interminável sucessão de movimentos ascensionais é sempre assistida por 
inteligências cada vez mais altas na infinita hierarquia espiritual.  
 
Assim como o espírito que ainda habita o organismo do homem das cavernas precisa de um guia que lhe 
sobrepuje apenas a precária inteligência e o sentimento, e lhe conheça de perto as primeiras necessidades, 
uma consciência tão ampla, como a de Jesus, inspira-se pela sublime entidade que é o Arcanjo Gabriel
Espírito Planetário (Logos Planetário da Terra), diretamente ligado ao Logos do Sistema Solar. 
 
 

3. “DESCIDA ANGÉLICA” OU DESCENSO VIBRATÓRIO DO PSIQUISMO CÓSMICO 

 
A metamorfose macrocósmica de Deus se dá no processo inverso da metamorfose microcósmica do 
homem! Considerando-se que Deus é o Todo ilimitado, que interpenetra, coordena e ativa a vida universal, 
é evidente que esse Psiquismo Cósmico gradua-se em diversas freqüências vibratórias, a fim de poder 
governar tão eficiente e coerentemente uma galáxia ou constelação de astros, como se ajustar às 
necessidades sutis e ínfimas de um simples átomo de hidrogênio. 
 
Para tanto, a Mente Universal exerce a sua ação criativa e aperfeiçoativa através de entidades espirituais
numa ação psíquica “transformativa”, que reduz vibratoriamente a Energia Cósmica Divina até ajustar-se ao 
nível modesto de uma vida humana. 
 
Assim, as indescritíveis consciências arcangélicas, que lembram fabulosos transformadores vivos e 
receptivos à elevada voltagem divina do Criador, passam a ser os doadores de energia sideral mais 
reduzida e adaptada às consciências menos capacitadas.  
 
O Psiquismo Cósmico, nessa transformação de voltagem sideral, e sem qualquer alteração em sua Unidade 
Eterna, atinge a todos os núcleos de consciência e de vida. 
 

 
Todas as formas de vida estão impregnadas dos princípios espirituais; tudo tem alma e tudo 
evolui para os estados mais sublimes, desde o elétron que rodopia no seio do átomo até as 
galáxias.  
 

 
Assim, todos os orbes físicos estão interpenetrados entre si, não só pelo pensamento de vida, de Deus, 
como por todas as energias que se incorporam na descida angélica para a fase de matéria ou energia 
condensada. 
 
No decrescimento vibratório, desde o Arcanjo até a consciência humana, o Psiquismo Cósmico abrange 
desde as partículas subatômicas até a estrutura física dos orbes e da singeleza unicelular e psíquica do 
vírus, e à complexidade do homem! E depois faz o retorno pela “via interna”, quando o potencial divino 
adormecido desperta no microcosmo, em incessante ascensão para o macrocosmo. 
 
Os velhos mestres da filosofia oriental já pressentiam a lógica do monismo, doutrina que melhor resiste à 
lógica do pensamento humano ante o vertiginoso progresso científico, inclusive da física nuclear, que assim 
verifica a incontestável fusão das concepções espiritual e materialista na sutilíssima fase intermediária da 
energia.