4. Involução e evolução nos Planos da Criação                                                                                         5 

                                                                                                                                                                            

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Introdução ao estudo das obras de Ramatís 

A ação da lei do progresso e de economia da Vida, que age e interpenetra tudo, comprova que Deus opera 
incessantemente sobre todos os seres e as coisas, no sentido de maior sobrevivência e mais breve 
aperfeiçoamento
 da criação. 
 
Na sua incessante “descida vibratória”, o Psiquismo Cósmico parece fragmentar-se na miniatura da 
humanidade, mas isso é tão somente redução de potencialidade que, sob misteriosa atração, faz os seres 
se unirem para o retorno consciente à intimidade do próprio Criador! 
    

 

É a vontade conduzindo à onipotência, a sabedoria à onipresença e o intelecto à onisciência! 

 

 

Não existem fronteiras ou linhas divisórias rígidas e bem definidas entre os diversos reinos da natureza; há 
uma incessante e sucessiva evolução do reino mineral até o reino hominal.  
 
Em cada reino se observa uma graduação que vai do mais simples ao mais complexo, do menos 
organizado ao mais organizado, do menos sensível ao mais sensível, demonstrando os diversos graus 
evolutivos
 e a passagem gradativa de um para outro reino. 
 
Sempre há um vínculo oculto e transcendente, que atua na intimidade da Vida, com a finalidade de dirigir 
as forças criativas, embelezando e aperfeiçoando todas as manifestações e expressões do Universo: 
 
A beleza da cor encontrada na forma das pedras preciosas, como a safira e a esmeralda, após a longa 
experimentação da Consciência Psíquica no reino mineral, evolui manifestando-se mais livre na variedade 
caleidoscópica dos incontáveis tipos de flores que, vivas e perfumadas, a bailarem nas hastes dos vegetais, 
lembram pedras preciosas irrequietas. Novo triunfo da Natureza ocorre quando as irisadas borboletas, em 
jubilosa liberdade, simbolizam as próprias flores, desobrigadas da limitação das hastes dos vegetais!”  
 
O Psiquismo é que plasma, elabora todas as formas do mundo físico e intervém na atividade morfológica 
criativa, efetuando experiências e promovendo iniciativas para o incessante aperfeiçoamento da própria 
Criação. 
 

 
Tudo evolui e se transforma em expressões mais apuradas! A pedra sublima-se no vegetal, 
o vegetal no animal e o animal no homem! 
 

 

Onde termina um reino, inicia-se o seguinte, porém intimamente ligados por uma Consciência Psíquica 
que opera instintivamente no âmago de todas as espécies, objetivando sempre o apuro e a beleza da 
forma. 
 
Na realidade, o que se presume por “Natureza”, é simplesmente a manifestação da Sabedoria do 
Psiquismo, 
inata, que não atua por acaso, mas cria, coordena, orienta e aperfeiçoa as espécies de todos os 
reinos sob a sua responsabilidade. 
 
As diferentes manifestações de vida dos reinos vegetal e animal nos demonstram que essa Natureza, tão 
providencial, não passa de uma Inteligência Sideral, um psiquismo sábio, que promove a mobilização de 
recursos da motricidade, instinto defensivo e da estratégia, que se completam pela riqueza dos meios de 
ataque e proteção. 
 
É por isso que o homem nada inventa de original, mas apenas desenvolve em sua faina racional o que a 
própria Natureza já compôs e providenciou, numa manifestação aparentemente eventual ou intuitiva, porém 
profundamente sensata, inteligente, produtiva e, sobretudo, diretiva
 
Sob o aspecto de generosa providência na continuidade das espécies, essa Sabedoria do Psiquismo 
modela nas plantas os órgãos que as firmam no solo ou nas paredes, e produz os espinhos, verdadeiras 
garras que ferem, protegendo certas flores contra os impulsos alheios da destruição; orienta o vegetal nos 
fenômenos do tropismo, onde os caules heliotrópicos orientam-se para o Sol, as raízes geotrópicas 
infiltram-se na terra ou os tipos hidrotrópicos buscam a água.