4. Involução e evolução nos Planos da Criação                                                                                         15 

                                                                                                                                                                            

.

 

Introdução ao estudo das obras de Ramatís 

De modo semelhante, o espírito do homem também é ajustado ao solo das lutas cotidianas, onde deve 
romper a crosta da personalidade animal inferior e desenvolver os atributos de Deus existentes em 
sua intimidade espiritual
, até alcançar a plenitude do anjo consciente, que é a sua Realidade Divina. 

 

 
O “homem velho”, produto dos instintos da animalidade, também deve morrer, assim como 
no fundo da terra o pinhão se modifica de simples semente até originar o pinheiro 
majestoso, para em seu lugar renascer o “homem novo”, onde predominam os sentimentos 
e a razão, meios para a ascensão angélica! 
 

 

A consciência individual, ainda virgem e ignorante, mas excitada pelo dinamismo centrífugo, promove a sua 
ascese espiritual desde a transformação do átomo em molécula, da molécula em célula, da célula ao 
organismo, do organismo animal ao tipo humano, e depois, a metamorfose do homem até a configuração do 
arcanjo constelatório. 
 
Os atributos divinos, miniaturizados no espírito do homem, despertam e se amplificam à medida que ele 
desenvolve a sua consciência humana na experiência de mais vida, sabedoria e poder. O espírito do 
homem, eterno e incorruptível, uma vez desperto, cresce incessantemente, ampliando a consciência e o 
sentimento superior, desenvolvendo os próprios atributos divinos, porque foi criado da essência eterna de 
Deus, pois o Criador é o fundamento criativo e eterno de toda individualidade humana. 
 
O espírito do homem é indestrutível, porque foi criado da essência eterna e inalterável de Deus, mas, 
embora vinculado à  “Consciência Cósmica”,  é sempre uma consciência individual , que teve um princípio 
ou uma origem  “pessoal”  em certo espaço-tempo. Em conseqüência, houve uma época ou um  “momento”  
em que o homem começou a ter noção de existir, como a criança a ter noção de si e do meio que a cerca. 

 

 
O homem define-se e individualiza-se no Universo, figurando como entidade de importância 
e a caminho de desenvolver, também, o potencial criativo tanto quanto amplia sua 
consciência. 
 

 

O espírito humano um dia iniciou sua conscientização, individualizou-se sob o impulso de uma vibração 
centrípeta, e finalmente personalizou-se no seio da Divindade. Em seguida, a consciência espiritual do 
homem, centro indestrutível de sua individualização, prossegue no incessante crescimento psíquico 
qualitativo, e ao mesmo tempo panorâmico, a fim de abranger cada vez maior volume ou porção da própria 
Mente Universal, sob processo contínuo e inexorável. Em conseqüência, o espírito do homem, embora seja 
eterno e indestrutível, possui uma idade sideral a partir da época ou do tempo em que iniciou a sua 
consciência particular e individualização no Cosmo, emancipando-se no tempo e no espaço, fichado nos 
“Registros Cármicos”  por um código sideral definitivo. 
 
Os espíritos são classificados nos “Departamentos de Reencarnação”, no mundo espiritual, sob uma 
determinada sigla e número que lhes identifica a individualidade permanente, pois os nomes e as 
personalidades transitórias são de menos importância. Convém distinguir a idade que limita a personalidade 
humana transitória, a qual existe somente entre o berço e o túmulo físico em cada encarnação, comparada 
à consciência sideral, a entidade definitiva e inalterável, que se individualiza e se desenvolve na sucessão 
de séculos, milhões, bilhões e trilhões de anos! 
 
Através do perispírito, organismo que preexiste e sobrevive a todas as mortes físicas, a consciência 
espiritual indestrutível manifesta-se em cada existência humana, materializando um novo corpo físico 
transitório, mas sem perder o acervo e a memória das experiências de todas as vidas anteriores. 
 

 
No aprendizado periódico que o espírito do homem realiza na superfície dos orbes 
materiais, ele desenvolve tanto os seus poderes latentes criativos, como passa a conhecer 
cada vez mais a sua própria individualidade.