4. Involução e evolução nos Planos da Criação                                                                                         20 

                                                                                                                                                                            

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Introdução ao estudo das obras de Ramatís 

Depois de conhecer o programa superior do hábito do Bem e dos preceitos evangélicos, cabe-lhe a 
responsabilidade de executá-los em si mesmo na experimentação cotidiana, a fim de expurgar os resíduos 
da vida animal inferior que serviram de base à formação de sua consciência individual. 

 

 
Todos os momentos que o homem vive na face dos mundos planetários devem ser 
aproveitados na “auto-realização” superior, uma vez que já conhece o programa espiritual 
que o conduz à felicidade! 
 

 

 
12. O DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA E SUA EVOLUÇÃO

 

 
A consciência humana, desde os seus primeiros bruxuleios de vida isolada no seio do Cosmo, cresce 
continuamente em sentido esférico, passando por consciência grupal, racial, continental, planetária e 
constelatória. À medida que abrange maior área de conhecimento cósmico, também se despe dos seus 
pontos de vista, caprichos e limitações personalísticas, para então doar-se à condição de “divino alimento” 
às consciências menores que seguem na esteira da caminhada. Assim, pouco a pouco, o espírito-indivíduo 
desperta, reconhecendo-se intimamente ligado ao Pai e a todos os seres e coisas.  
 
A sua potencialidade eterna está no pensamento único de Deus, o princípio gerador, o primeiro princípio 
cósmico; a sua coesão está no amor, que reside no segundo princípio crístico, e a sua força criadora é o 
espírito operante, que vem a ser o terceiro princípio, componente da simbólica “divina trindade” numa só 
expressão, que é Deus, o Absoluto Criador Incriado. 
 
Tanto o perispírito como o corpo físico não passam de verdadeiros interruptores da visão espiritual infinita, 
que reduzem a influência limitada da massa da Consciência Total do Criador. Eles apenas “eliminam” o 
excesso de Onisciência, transferindo para o homem apenas o conhecimento menor, e apropriado a 
consolidar a sua consciência individual.  
 
É através desse conhecimento menor, mas incessantemente renovado e em expansão, devido ao 
intercâmbio educativo com os mundos transitórios da matéria, que o espírito vai compondo o seu campo 
consciencial e acumulando sua memória no seio da própria Consciência Cósmica de Deus. 
 
As consciências individuais, que se constituem nos espíritos destacados do próprio Espírito Infinito, 
ampliam-se sideralmente à medida que mais se lhe flui o conhecimento maior, fazendo-as progredir na 
percepção real do Sublime Princípio da Vida Imortal. 
 
Assim é que os cérebros do perispírito e do corpo físico, como principais órgãos de atração da consciência 
do homem no seio do Cosmo, funcionam então como verdadeiros interceptadores e eliminadores do 
potencial máximo da Onisciência, assemelhando-se a válvulas redutoras que graduam e transmitem só o 
conhecimento suficiente para a razão coesiva do espírito individualizado em Deus. Eles interrompem, no 
mundo astral e no físico, a excessiva massa de conhecimentos sem limites, cumprindo-lhes eliminar o que 
ainda for inassimilável pelo núcleo espiritual humano, ainda imaturo. 
 
Ademais, no Cosmo, tudo já existe perfeito e eterno, pois Deus não retrograda nem progride, mas é o 
próprio Conhecimento, o Poder e a Vontade, elevados ao máximo potencial, e humanamente indescritível. 
Só ele pode suportar o máximo e o infinito de “Ser” e de “Existir”, além e acima de qualquer outro limite ou 
definição conceitual por parte do homem. 
 
Em conseqüência, o homem não é um produtor de idéias nem criador de acontecimentos inéditos, mesmo 
submetendo-os a incessante progresso; mas, como tudo já existe num estado de absoluta perfeição e 
imutabilidade, integrado no Conhecimento Total do Criador, o espírito humano é apenas um captador da 
quantidade de conhecimento cabível em sua mente finita, e que ele gradua conforme sua capacidade de 
suportação racional ou de apreensão da própria consciência, forjada no simbolismo do tempo. 
 
O cérebro físico é, pois, o redutor da Onisciência no mundo da matéria, sendo esta a última fase da 
“descida angélica”, ou seja, a mais grosseira manifestação da Divindade. O cérebro perispiritual, no entanto, 
é o responsável por essa redução no plano da vida astral.