4. Involução e evolução nos Planos da Criação                                                                                         21 

                                                                                                                                                                            

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Introdução ao estudo das obras de Ramatís 

Ambos selecionam, eliminam e ajustam somente aquilo que pode ser útil, suportável e entendível no campo 
da consciência-indivíduo, e ajudam-na a se expandir e a despertar no seio da Consciência Cósmica de 
Deus. 
 
Embora existam ainda outros órgãos que cumprem o mesmo objetivo redutor em planos ainda mais sutis, 
como no mental concreto e no mental abstrato, não convém alongar-se na descrição de tais processos e 
veículos atuando na intimidade do Espírito Cósmico e que também amoldam o conhecimento infinito, de 
modo suportável ao entendimento humano. 
 
Os espíritos criados no seio da Onisciência representam outras tantas miniaturas da vida cósmica, que 
despertam para o auto-entendimento e progridem incessantemente, alimentadas pelo próprio conhecimento 
infinito de Deus. 
 
A consciência do homem nada pode criar de novo no seio do conhecimento perfeito e infinito do Criador; no 
entanto, ele desperta sob os incessantes impulsos que se manifestam do interior para o exterior, 
despertamento esse ininterrupto e que prossegue por toda a eternidade, uma vez que Eterno é o próprio 
Deus! 
 
Esse processo e expansividade inata e ininterrupta de despertamento da consciência humana, os orientais 
têm consagrado através de vários conceitos tradicionalistas da vida oculta, como estes: “Busca o caminho 
avançando resolutamente para o exterior”; 
ou “Cresce como a flor, inconscientemente, mas ardendo em 
ânsias de entreabrir sua alma à brisa”;
 ou ainda “Busca a integração no Existente antes de ti”! 
 
Estas máximas referem-se ao convite incessante que a Consciência Total de Deus lança na intimidade da 
consciência individual do homem que, na figura de verdadeiro filtro ativado por inextinguível poder e 
inteligência, capta o conhecimento cósmico na conformidade do grau de sua própria percepção. 
 
A alma humana busca o conhecimento definitivo e pré-existente da Vida Real originada do Sublime 
Princípio Eterno, mas sem lhe poder acrescentar qualquer novidade, pois se pudesse fazer tal coisa, é 
evidente que também criaria algo desconhecido dentro do seio do próprio Deus. 
 
Então seria uma absurdidade que a centelha espiritual do homem, que é produto da Criação, pudesse criar 
ineditismos no seio do próprio Criador donde emanou! 
 
 

13.  CARMA E EVOLUÇÃO ESPIRITUAL NO REINO HOMINAL 

 
O mundo, sem dúvida, seria um caos sem um planejamento antecipado que lhe aborda sensatamente 
todos os esquemas de manifestação da vida, processada através das mais variadas formas físicas 
compatíveis a cada tipo de orbe pulsante no Universo.  
 
Examinando-se a história biológica e geológica da natureza do planeta Terra, apesar das lacunas 
existentes, não é difícil ao homem verificar as inúmeras provas do seu progresso de estados inferiores para 
níveis superiores, pelos milênios, num processo evolutivo, e deliberadamente num sentido de harmonia e 
beleza! 
 
É fácil de se verificar esse evento progressista, pelo exame e comparação da vida do homem das cavernas 
ao conhecido homem do concreto da atualidade! 
 
A intervenção periódica  e pessoal do homem corrigindo as coisas e melhorando os seres do mundo físico, 
ele o faz somente dirigindo o seu poder e aplicando a sua inteligência na fenomenologia da matéria, porque 
através dela também se derrama a Sabedoria Divina ativando as energias latentes, que fluem pela 
intimidade das próprias formas, no milagre da incessante transformação. 
 
Sem dúvida, toda criação é intrinsecamente protegida por Deus, o Criador, que promove os meios de 
subsistência e de sobrevivência adequados a cada espécie animal. 
  
Embora ainda predomine no mundo a “lei do mais forte”, em que as espécies mais débeis são facilmente 
destruídas pelos tipos mais bem agraciados pela natureza, não há prejuízos definitivos, porque destruindo 
os corpos carnais transitórios, o Psiquismo que comanda cada espécie permanece inalterável.